As eleições do próximo mês vão escolher o sucessor de Yoon Suk-yeol, líder deposto a 04 de abril, na sequência da breve implementação de lei marcial, no início de dezembro.
O Partido do Poder Popular (PPP) tinha inicialmente escolhido Kim Moon-soo, antigo ministro do Trabalho e vencedor das primárias, na semana passada.
Num comunicado, o partido explicou que vai substituir Kim Moon-soo por Han Duck-soo, até aqui candidato independente.
Espera-se que a nomeação oficial de Han seja confirmada no domingo, durante uma reunião geral do PPP.
"No final, os esforços para se unir sob uma única candidatura através de negociações falharam. Isto é verdadeiramente lamentável e dececionante", reagiu o líder interino do partido conservador, Kwon Young-se.
A mudança de candidato surgiu numa altura em que o PPP temia que uma divisão de votos entre Kim e Han diminuísse as hipóteses dos conservadores.
Nas sondagens, o líder da oposição, Lee Jae-myung (Partido Democrático), tem aumentado a vantagem, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
"[O PPP] revogou ilegalmente a minha candidatura à presidência, apesar de eu, Kim Moon-soo, ter sido legitimamente eleito pela vontade do povo e dos membros do partido", denunciou Kim à imprensa, afirmando que a democracia no partido "está morta".
Kim acrescentou que vai recorrer aos tribunais.
"Depois de ter abalado os alicerces da ordem constitucional, o partido destruiu agora a democracia interna", declarou o Partido Democrático em comunicado, afirmando que a existência do PPP já não se justifica.
Kim é "vítima de uma fraude", ainda de acordo com o Partido Democrático.
Han Duck-soo, de 75 anos, ocupou cargos em governos liberais e conservadores e era primeiro-ministro de Yoon Suk-yeol quando este declarou a lei marcial.
Lee Jae-myung, no centro de vários processos criminais, é o favorito, com uma sondagem da NBS a atribuir-lhe 44% das intenções de voto, em comparação com 34% para Han.
Os partidos devem registar os candidatos até domingo.
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