Marrero fez estas declarações durante uma visita a Gibara (leste), município pelo qual o primeiro-ministro é deputado na Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP), segundo os meios de comunicação oficiais cubanos.
Marrero prometeu que "aos poucos" serão vistos os "resultados" dos "investimentos" do plano nacional, que até 2031 pretende ter ligado ao sistema elétrico nacional 100 parques fotovoltaicos em todo o país, com uma capacidade instalada de 2.000 megawatts (MW).
Até à data, pelo menos cinco parques deste tipo foram sincronizados com o SEN, de acordo com os meios de comunicação oficiais. A agência de notícias espanhola EFE solicitou uma visita a algumas destas instalações, mas até ao momento não obteve resposta.
"Há uma estratégia para melhorar a situação no Verão", disse Marrero, referindo-se aos cortes de energia, que estão a prejudicar o desempenho económico do país e a alimentar o descontentamento social.
Os meses entre junho e setembro são especialmente sensíveis aos apagões em Cuba porque muitas pessoas ligam o ar condicionado e os ventiladores para combater o calor intenso e húmido das Caraíbas.
De facto, os principais protestos antigovernamentais dos últimos anos, como os protestos massivos de julho de 2021 e os de agosto de 2022 em Havana e Nuevitas, ocorreram quando se verificaram persistentes cortes de energia.
Os especialistas independentes salientam que a crise energética se deve ao subfinanciamento crónico deste setor, que tem sido totalmente controlado pelo Estado cubano desde o triunfo da revolução em 1959. O Governo cubano, por sua vez, destaca o impacto das sanções dos Estados Unidos neste setor.
Vários cálculos independentes estimam que o Governo necessitaria de 8 a 10 mil milhões de dólares (entre 7 e 9 mil milhões de euros) para reativar a rede elétrica, fundos dos quais o Governo cubano não dispõe.
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