De acordo com dados avançados pelo diretor da Divisão de Segurança Rodoviária do Inatro, Alcides Macucule, registaram-se 149 acidentes de viação em Moçambique de janeiro a março, um aumento de 9% face aos 137 registados no mesmo período de 2024.
"Estamos a falar de 207 óbitos contra 148, o que corresponde a uma subida em 40% a nível nacional. Importa também dizer que durante o primeiro trimestre deste ano o país foi assolado por seis casos de acidentes de viação de grande impacto, de que resultaram 61 óbitos", acrescentou o responsável.
Os índices de acidentes rodoviários em Moçambique são classificados como dramáticos, com as autoridades a apontarem o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool como as principais causas.
Em 15 de abril, o Governo moçambicano aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, um instrumento que visa travar os altos índices de sinistralidade, anunciou o executivo. Prevê uma série de ações para reduzir o número de acidente de viação, incluindo reforço das fiscalizações, alterações à legislação e intervenções em pontos considerados críticos, bem como a sensibilização das comunidades.
Envolve também a construção de um centro de atendimento pós-acidente em forma de projeto-piloto no distrito de Manhiça, província de Maputo, um dos pontos com elevado índice de sinistralidade no país.
Em todo o ano de 2024 morreram 825 pessoas em acidentes de viação no país, um aumento de 9% em comparação com o ano anterior, anunciou em 02 de maio o Presidente moçambicano.
"Estes acidentes afetam maioritariamente os grupos etários economicamente produtivos, representando 73% das vítimas. Além do enorme custo social, o custo económico dos acidentes de viação é avultado, com as mortes e ferimentos em acidentes de viação a custarem, ao país, cerca de 10% do seu PIB", declarou Daniel Chapo.
Os óbitos de 2024 foram resultado de um total de 687 acidentes de viação, um aumento de 3% em comparação com 2023, ano em que foram registados 668 sinistros.
Segundo o chefe de Estado, em 2024, as autoridades registaram 615 feridos graves em resultado dos acidentes, contra 557 em 2023.
"Reconhecendo que os acidentes de viação resultam da combinação de diferentes fatores, a nossa abordagem no combate aos acidentes de viação deve continuar a ser abrangente, mobilizando todas as forças vivas da sociedade a juntarem-se e a darem a sua melhor contribuição nesta nobre causa de salvar vidas nas nossas estradas", acrescentou Daniel Chapo.
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