Merz adverte Rússia para novas sanções se "não houver progressos reais"

O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, reiterou hoje que a Rússia será alvo de um novo conjunto de sanções se não houver "progressos reais esta semana" na procura de um cessar-fogo na Ucrânia.

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© REUTERS/Lisi Niesner

Lusa
13/05/2025 14:46 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Se Moscovo "não aprovar" a proposta dos aliados de Kyiv para um cessar-fogo de 30 dias, Berlim vai pressionar a União Europeia (UE) a "comprometer-se com um endurecimento significativo das sanções", que poderá afetar, em particular, "os setores da energia e do mercado financeiro", afirmou Merz, numa conferência de imprensa em Berlim.

 

Hoje de manhã, antes das palavras de Merz, o chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, exortou a Rússia a dar um passo decisivo para a paz, dois dias antes de possíveis conversações diretas em Istambul para as quais o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desafiou o homólogo russo, Vladimir Putin.

"A Rússia tem de dar um passo decisivo e mostrar que está disposta a sentar-se à mesa das negociações", disse Wadephul aos jornalistas em Berlim, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Wadephul afirmou que Kyiv "deu um grande passo em frente e está pronta para entrar em negociações incondicionais sobre um cessar-fogo e um acordo de paz".

Kyiv disse hoje que a ausência de Putin em Istambul seria o "último sinal" de que Moscovo não quer parar a guerra que iniciou em fevereiro de 2022, quando invadiu a Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin (presidência russa) recusou-se hoje a comentar a proposta de Zelensky de se encontrar com Putin na cidade turca.

"A parte russa continua a preparar-se para as negociações que deverão ocorrer na quinta-feira. É tudo o que podemos dizer", respondeu Dmitri Peskov, quando questionado sobre a proposta de Zelensky.

"Por enquanto, não tencionamos fazer mais comentários", acrescentou Peskov, segundo a AFP.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus pediram na segunda-feira à Rússia progressos "sem demora" para permitir negociações sobre uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia e admitiram a possibilidade de novas sanções contra Moscovo.

Reunidos em Londres, os chefes da diplomacia do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Itália, da Polónia, da Espanha e da União Europeia concordaram em tomar "medidas ambiciosas" para reduzir a capacidade russa de continuar a guerra.

As medidas passariam por limitar os rendimentos da Rússia, perturbar a chamada "frota fantasma" (uma expressão que designa os navios que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos) com que tem torneado as sanções em vigor, aumentar o limite máximo do preço do petróleo e reduzir as restantes importações de energia russa.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Friedrich Merz encontra-se com presidente israelita em Berlim. Há imagens

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