Na Casa do Alentejo, em Lisboa, Mariana Mortágua esteve esta manhã reunida com cerca de 30 idosos com mais de 60 anos, que se juntaram para fazer questões a propósito das propostas do Bloco de Esquerda para as próximas eleições legislativas.
Os participantes que estavam distribuídos pelas quatro mesas da biblioteca da Casa do Alentejo quiseram saber mais sobre medicamentos, pensões, cuidados de saúde e domiciliários e garantias de tetos às rendas e o encontro ficou marcado pelo apagão que começou esta manhã e resultou num corte generalizado de energia em toda a Península Ibérica e parte do território francês.
A propósito dos cuidados necessários para os mais velhos, a coordenadora do Bloco explicou que o serviço nacional de cuidados "é a garantia de uma vida independente com qualidade de vida até ao fim da vida" e é uma valência diferente daquela que já é dada pelo Serviço Nacional de Saúde.
"Nós hoje somos obrigados a compreender que o prolongamento das nossas vidas requer outro tipo de serviços públicos para nos prestar cuidados, caso contrário, não só não temos qualidade de vida, como esses cuidados vão recair sobre as mulheres, que tendencialmente vão cuidar dos familiares que estão doentes", acrescentou.
Às pessoas com mais de 60 que ali estavam sentadas, e que chegaram atrasadas devido à greve dos comboios, Mariana Mortágua considerou que estes são "tempos de luta" e que o seu partido tem "duas grandes propostas", além do serviço nacional de cuidados: "A reforma aos 60 anos com 40 anos de descontos e o aumento de todas as pensões que tenham 20 anos de descontos para o limiar da pobreza".
Em relação às pensões de baixo valor, Mortágua defendeu que o facto de ter reformas abaixo do limiar da pobreza "é inaceitável em democracia e numa sociedade solidária". E fez ainda questão de atacar os benefícios fiscais para as pensões de estrangeiros residentes em Portugal: "Esse benefício fiscal custa 1.700 milhões de euros por ano e é, obviamente, revoltante que com tantos pensionistas pobres em Portugal, Portugal oferece depois um benefício fiscal a pensionistas ricos de outros países para não pagaram imposto que é cobrado a quem aqui vive".
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