Num almoço com autarcas, em Pombal (Leiria), Luís Montenegro pediu ajuda a esta rede para, nos dois próximos domingos, garantir "o reforço das condições de estabilidade, o reforço das condições de governabilidade" da AD (coligação PSD/CdS-PP).
"Se ainda não decidiram, pensem qual é o voto que lhes dá estabilidade e o Governo que eles querem para não acordarem, como aconteceu Há dez anos, na segunda-feira com um Governo diferente daquele que queriam", disse, referindo-se às eleições de 2015 em que a coligação PSD/CDS venceu, mas foi o PS que governou, com um acordo à esquerda.
E avisou": "Também aí os parceiros são os mesmos", avisou.
Montenegro voltou a fazer um contraponto entre as propostas da AD, que defendeu terem "um rumo" mesmo que não esteja 100% certo, com as do PS e do Chega, que acusou de mudarem de opinião "consoante lhes dá mais jeito".
"Ao fim e ao cabo, nunca sabemos o que querem", criticou.
Numa intervenção dirigida sobretudo aos autarcas, Montenegro prometeu "guerra à burocracia" se for reeleito primeiro-ministro, dizendo que esta "é muitas vezes o princípio da corrupção".
O também primeiro-ministro pediu ajuda aos autarcas para continuar a simplificação de procedimentos administrativos, considerando que a burocracia é, também, "demonstração de falta de confiança".
"A burocracia tem vários problemas, é muitas vezes o princípio da corrupção, quanto mais burocracia mas apelo as pessoas sentem para ultrapassar as regras para serem mais rápidos", considerou.
Se voltar a ser primeiro-ministro, defendeu um modelo de responsabilização e de confiança, aliado à "fiscalização e penalização de infratores".
"Eu estou aqui para vos dizer que no Governo não terei nenhum problema em enfrentar todas as vozes que normalmente se erguem quando queremos simplificar com temores de que estamos a facilitar a vida a alguém", disse, considerando que só se tornará mais simples a vida de cidadãos, empresas e infratores.
Montenegro defendeu que o seu Governo teve como marca "uma relação de verdadeira parceria com as autarquias", e não apenas as do PSD e do CDS-PP.
"Nós entendemos mesmo que, para que os recursos públicos sejam mais bem geridos, quanto maior responsabilidade for atribuída às autarquias é quase sempre mais eficiente a gestão desses recursos", disse.
Se vencer as eleições do próximo dia 18, Montenegro prometeu continuar a aprofundar a descentralização de competências e "tão rapidamente quanto possível" fazer aprovar uma nova lei de finanças locais.
Antes, o presidente da Câmara de Pombal e dos Autarcas Social-Democratas, Pedro Pimpão, elogiou o estilo de governação "sério, dialogante e estável", mas deixou um alerta.
"Esta vitória não está garantida nem vai cair do céu, vai nascer do trabalho de cada um de nós, concelho a concelho, rua a rua", afirmou, defendendo que "é hora de dar mais força e legitimidade democrática" a um executivo PSD/CDS-PP.
Em Leiria é cabeça de lista da AD a ministra da Juventude, Margarida Balseiro Lopes. Em 2024, a AD elegeu cinco dos dez deputados deste círculo, seguido do PS com três e do Chega com dois.
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