Ausência de Ventura e candidatura de Gouveia e Melo marcam 11.º dia

Num dia em que o líder do Chega esteve ausente da campanha, os dois principais líderes partidários pediram hoje o voto "dos envergonhados" e dos eleitores cansados com a frequência de eleições legislativas.

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Lusa
14/05/2025 20:29 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

Ao 11.º dia da campanha para as legislativas surgiu também um anúncio inesperado, mas já conhecido de todos e há muito esperado, que foi a confirmação da candidatura de Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República.

 

Em Setúbal, onde esteve hoje a comitiva socialista, Pedro Nuno Santos recusou-se a comentar o anúncio da candidatura presidencial de Gouveia e Melo, enquanto o socialista Augusto Santos Silva criticou que o almirante não perceba a diferença entre legislativas e presidenciais e mude de opinião.

Também a coordenadora nacional do BE, que ao fim da tarde esteve em Santa Maria da Feira (Aveiro), escusou-se a comentar a candidatura presidencial de Gouveia e Melo ou reduzir a campanha para as legislativas ao caso Spinumviva, fazendo um apelo direto ao voto de "quem trabalha".

"Eu quero falar sobre legislativas, eu quero falar sobre trabalho por turnos, eu quero falar sobre horas extra, eu quero falar sobre o país que tem os mais longos horários de trabalho, com salários mais curtos e os preços das casas mais caros. Porque quando chegar o fim do mês, é disso que as pessoas querem saber, é se o seu salário é suficiente para pagar a conta da luz, a renda, a prestação ao banco", sustentou Mariana Mortágua.

Em Leiria, o líder da Iniciativa Liberal criticou Henrique Gouveia e Melo por querer ser o foco das atenções a três dias das eleições legislativas, considerando que é um mau começo para quem quer ser Presidente da República

As críticas estendem-se igualmente ao porta-voz do Livre que condenou o anúncio enquanto decorre a campanha eleitoral para as eleições legislativas.

"Nós vivemos em democracia e, evidentemente, que o tempo é criticável", afirmou Rui Tavares à entrada para uma iniciativa que assinala os 77 anos da Nakba (êxodo palestino durante e após a guerra de 1948) na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Por sua vez, a porta-voz do PAN considerou que a candidatura de Gouveia e Melo "faz parte da democracia", mas ressalvou que as legislativas "são demasiado importantes" para se desviar agora o foco do debate político com as eleições presidenciais.

Também o secretário-geral do PCP afirmou, em Setúbal, que a confirmação de Gouveia e Melo de que será candidato a Belém é "uma não notícia" e que não surpreendeu ninguém.

Durante a manhã, em Loures, o secretário-geral do PCP tinha afirmado que o Serviço Nacional de Saúde cumpriu "mais uma vez" o seu papel, ao dar resposta ao líder do Chega, André Ventura, que se sentiu mal na noite de terça-feira.

Ao discursar num comício em Tavira, André Ventura sentiu-se mal e foi internado no Hospital de Faro, onde passou a noite. Apesar de ter tido alto hoje de manhã, o presidente do Chega cancelou a presença na arruada que o partido fez ao fim da tarde em Vila Nova de Milfontes.

Em Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, o presidente do PSD dirigiu-se aos eleitores que estão cansados com a frequência de eleições legislativas, associando a AD à estabilidade política e as oposições ao modo de vida da instabilidade.

Num almoço em Vila Verde, Luís Montenegro falou de uma AD interclassista, popular, moderada politicamente, sem arrogâncias intelectuais, e voltou a bipolarizar dizendo que a escolha fundamental é entre ele ou o socialista Pedro Nuno Santos.

O líder do PS mostrou-se convicto de que vai derrotar as sondagens, nas quais o partido "é largamente subestimado", apelando ao voto de quem escolheu a AD e está envergonhado com "um primeiro-ministro que mistura política com negócios".

Leia Também: AO MINUTO: Gouveia e Melo? "Alguém estranhou?"; Ventura regressa amanhã

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