A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, criticou o Programa do Governo por 'apagar' algumas medidas que considera serem "da mais elementar justiça social", como os subsídios para a tarifa social de energia e o abono de família.
"Ainda estamos numa primeira leitura, mas olhamos para medidas que visam acabar com subsídios para a tarifa social de energia, por exemplo, que foi uma medida que foi introduzida no Orçamento do Estado até pela mão do PAN e que, do ponto de vista social e ambiental, permitiu uma maior justiça para que as famílias não passem frio nas suas casas no inverno ou muito calor no verão. Esta era uma medida da mais elementar justiça social", defendeu Sousa Real.
Para a deputada do PAN, o Governo devia focar-se em "acabar com os subsídios perversos".
"Também do ponto de vista do abono de família, quando temos tantas famílias a passar e atravessar uma situação de pobreza, não faz sentido o Governo falar de meritocracia no seu programa e querer acabar com o abono de família. Não vimos, por exemplo, o Governo a acabar com os subsídios perversos, a quem mais polui e lucra e dar passes gratuitos para os transportes públicos", acrescentou a porta-voz do PAN.
O Programa do XXV Governo Constitucional, saído das legislativas de 18 de maio ganhas pela coligação AD (PSD/CDS), foi entregue hoje na Assembleia da República, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim.
O programa de Governo foi aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e será discutido na Assembleia da República na terça e quarta-feira.
Leia Também: Executivo quer rever regimes de insolvência para facilitar acordos