Israel rejeita acusações de genocídio e diz que Amnistia é organização radical

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita rejeitou esta terça-feira "as mentiras infundadas" da organização Amnistia Internacional, que acusou Israel, num relatório hoje divulgado, de cometer "genocídio em tempo real" na Faixa de Gaza.

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Lusa
29/04/2025 14:16 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"A organização radical anti-Israel Amnistia Internacional optou, mais uma vez, por publicar mentiras infundadas contra Israel", afirmou o ministério, em declarações à agência de notícias francesa AFP.

 

No seu relatório anual sobre o estado dos direitos humanos no mundo, hoje publicado, a Amnistia Internacional alerta para uma crise global dos direitos humanos e diz que o último ano mostrou um cenário infernal.

"Os acontecimentos dos últimos 12 meses -- incluindo o genocídio israelita, transmitido em direto, mas ignorado, contra os palestinianos em Gaza -- expuseram o quão infernal o mundo pode ser quando os Estados mais poderosos abandonam o direito internacional e desconsideram as instituições multilaterais", criticou a organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos.

Para os investigadores da Amnistia Internacional, responsáveis pela elaboração do relatório, o "efeito Trump" -- referindo-se ao Presidente dos Estados Unidos -- intensificou as práticas autoritárias e a repressão cruel de dissidentes documentadas em 2024 em todo o mundo.

No ano passado, referiu a organização, os governos de todo o mundo tentaram fugir à responsabilidade, consolidar o seu poder e incutir o medo.

Fizeram-no "através da proibição dos meios de comunicação social, dissolvendo ou suspendendo organizações não-governamentais e partidos políticos, prendendo críticos sob acusações infundadas de 'terrorismo' ou 'extremismo' e criminalizando defensores dos direitos humanos, ativistas climáticos, manifestantes solidários com Gaza e outros dissidentes", acusou a ONG.

Além disso, as forças de segurança de vários países utilizaram detenções arbitrárias em massa, desaparecimentos forçados e, muitas vezes, força excessiva -- por vezes letal -- para reprimir a desobediência civil.

Os exemplos dados pela organização são variados, apontando desde logo o dedo a Israel que, segundo a Amnistia Internacional, está a cometer um genocídio dos palestinianos e que tornou mais violento o 'apartheid' (regime de segregação) e ocupação ilegal da Cisjordânia.

Hoje, a relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos, Francesca Albanese, reiterou que as ações de Israel em Gaza constituem "um exemplo clássico de genocídio".

"Quer as pessoas gostem ou não, isto é genocídio, e é um genocídio clássico porque está a acontecer para promover a limpeza étnica da Palestina", disse Albanese, num discurso transmitido 'online' durante uma conferência no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do grupo radical palestiniano Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

A resposta israelita provocou mais de 51.000 mortos em Gaza, bem como a destruição de uma parte significativa das infraestruturas do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

Leia Também: Israel libertou socorrista palestiniano detido após tiroteio

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