A presidente da PBS, Paula Kerger, afirmou que a ordem do Presidente republicano "ameaça a capacidade [da televisão pública] para servir o público americano com programação educativa, como tem feito nos últimos 50 anos".
"Estamos atualmente a explorar todas as opções para permitir que a PBS continue a servir as nossas estações associadas e todos os americanos", disse Kerger citada pela AP.
A presidente da NPR prometeu também hoje contestar a decisão.
"Defenderemos vigorosamente o nosso direito de fornecer notícias essenciais, informações e serviços que salvam vidas ao público americano", disse Katherine Maher.
"Iremos contestar esta ordem executiva usando todos os meios disponíveis", frisou.
De acordo com os mais recentes dados divulgados, mais de 40 milhões de norte-americanos ouvem a rádio pública (NPR - National Public Radio) todas as semanas e 36 milhões sintonizam a televisão pública (PBS - Public Broadcasting Service) todos os meses.
Trump assinou na quinta-feira à noite uma ordem executiva com o objetivo de cortar os subsídios públicos à NPR e PBS, acusando as emissoras de parcialidade.
O Presidente norte-americano ordenou à Corporação para a Radiodifusão Pública (CPB, na sigla em inglês) e outras agências federais que tutelam os sistemas de comunicação social públicos a cessarem o financiamento federal a ambas as estações.
O decreto do Presidente exige ainda que o departamento que tutela a radiodifusão pública trabalhe para neutralizar as fontes indiretas de financiamento da rádio e da televisão do Estado.
A Presidência, numa publicação difundida através das redes sociais, referiu ainda que os meios de comunicação públicos recebem milhões de dólares dos contribuintes para difundirem "propaganda radical disfarçada de notícias".
Em março, a presidente da NPR, estimou que a rádio pública receberia 120 milhões de dólares em 2025, menos de 5% do orçamento necessário.
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