O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou uma trégua nos dias 08, 09 e 10 de maio, durante as celebrações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a que presidirá em Moscovo.
O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou a proposta, alegando ser curta para negociações e fazer parte do jogo de Putin para impressionar os convidados estrangeiros, insistindo num cessar-fogo de pelo menos 30 dias.
O objetivo da trégua "é testar a disponibilidade de Kyiv para encontrar um caminho para uma paz sustentável a longo prazo", afirmou Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Peskov disse que Moscovo espera de Kyiv "declarações definidas e inequívocas e, mais importante, ações que visem o desanuviamento do conflito".
Afirmou que a relutância do regime de Kyiv em responder diretamente à proposta russa "demonstra claramente que a sua base ideológica é o neonazismo", segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Peskov acrescentou que para os dirigentes de Kyiv, "a vitória sobre a Alemanha de Hitler e o nazismo não é aparentemente uma festa".
Quando anunciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, Putin disse que um dos objetivos era o de desnazificar o país vizinho.
O aniversário será assinalado no dia 09 com uma parada na Praça Vermelha a que deverão assistir duas dezenas de líderes estrangeiros, incluindo os presidentes chinês, Xi Jinping, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
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