O ataque ocorreu pelas 03h00 locais (01h00 em Lisboa), disse o porta-voz da organização de primeiros socorros, Mahmoud Bassal, à agência de notícias France-Presse (AFP).
O alvo foi a casa de uma família, segundo a mesma fonte.
Oito mortos já identificados pertenciam à mesma família e incluíam uma menina e um menino de um ano e um bebé de um mês, disse Bassal.
Contactado pela AFP sobre o ataque, o exército israelita não reagiu de imediato.
O exército israelita retomou os bombardeamentos e a ofensiva na Faixa de Gaza em 18 de março, pondo fim a uma trégua de dois meses com o movimento extremista palestiniano Hamas.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, 59 dos quais continuam em cativeiro.
A retaliação israelita provocou mais de 52.400 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do território governado desde 2007 pelo Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
A defesa civil de Gaza disse na sexta-feira que 42 pessoas tinham sido mortas em novos ataques israelitas contra o pequeno território, devastado pela guerra e sujeito a um bloqueio total por parte de Israel nos últimos dois meses.
Desde 02 de março, Israel cortou toda a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, acusando o Hamas de a desviar.
Israel afirma que o bloqueio total tem por objetivo pressionar o movimento islamita a libertar todos os reféns que tem em seu poder, tanto vivos como mortos.
A ONU tem apelado a Israel, sem sucesso, para que reabra o território à ajuda humanitária, vital para a população que enfrenta uma situação catastrófica e está exposta à fome, segundo os funcionários da organização.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente acusou na sexta-feira Israel de ter em curso uma "punição coletiva" dos palestinianos de Gaza.
O chefe da agência conhecida pela sigla em inglês UNRWA, Philippe Lazzarini, disse que o bloqueio é "contra as crianças, as mulheres, os idosos e os homens civis".
"São coletivamente punidos por terem nascido e viverem em Gaza, algo que não depende deles", lamentou, reafirmando o apelo a Israel para que deixe entrar a ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
[Notícia atualizada às 09h45]
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