Kremlin admite encontro entre Putin e Zelensky, mas tem uma condição

A posição da presidência russa surge após Zelensky ter apelado, sem sucesso, à participação de Putin nas negociações em Istambul, na Turquia, esta semana. 

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© Sergey Bobylev / RIA Novosti/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto
17/05/2025 10:32 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu este sábado a possibilidade de um encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas defendeu que antes têm de ser alcançados "determinados acordos".

 

A posição da presidência russa surge após Zelensky ter apelado, sem sucesso, à participação de Putin nas negociações em Istambul, na Turquia, esta semana. 

"Uma reunião deste tipo, como resultado do trabalho das delegações das duas partes, se determinados acordos destas delegações forem alcançados, é possível", afirmou o porta-voz do Kremlin em declarações aos jornalistas, citado pela agência estatal russa TASS.

Peskov reiterou ainda que a reunião entre os dois líderes era possível "precisamente como resultado do trabalho e após a obtenção de determinados resultados sob a forma de acordos entre as duas partes". 

Moscovo adiantou, por outro lado, que as novas conversações com a Ucrânia só serão possíveis depois de concluída a troca de prisioneiros anunciada por ambas as partes na sexta-feira.

"O que as delegações acordaram ontem [sexta-feira] continua por fazer", adiantou Peskov, acrescentando que a primeira coisa a fazer é a troca de prisioneiros.

"Concordámos em trocar listas de condições para um cessar-fogo. A parte russa vai preparar e entregar essa lista e vai trocá-la com a parte ucraniana", disse Peskov, antes de avisar que as próximas negociações vão decorrer numa atmosfera de secretismo.

O que será incluído exatamente "não deverá ser anunciado". "As negociações vão continuar, mas serão realizadas à porta fechada", disse.

As delegações russa e ucraniana acabaram por se reunir, na sexta-feira, em Istambul para negociações de paz diretas pela primeira vez desde a primavera de 2022.

Nas negociações foi acordada a "troca maciça de prisioneiros" de guerra, num total de mil por cada lado. Trata-se da maior troca de prisioneiros de guerra desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022

Kyiv e os aliados ocidentais têm vindo a apelar à Rússia, desde há semanas, para aceitar um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia. Moscovo tem recusado tal iniciativa com o argumento de que uma pausa nos combates permitiria ao exército ucraniano, que tem lutado na linha da frente nos últimos meses, rearmar-se graças ao Ocidente.

Leia Também: Trump ataca Zelensky: "E o dinheiro? Odiei ver como foi desperdiçado"

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