Síria: Fim das sanções precisa de reformas internas para relançar economia

O ministro sírio da Economia e Indústria, Mohammad Nidal al Shaar, espera que o levantamento das sanções americanas melhore a qualidade de vida dos cidadãos, mas alerta que é preciso implementar reformas e atrair investimento externo.

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© OMAR HAJ KADOUR/AFP via Getty Images

Lusa
17/05/2025 16:13 ‧ há 3 horas por Lusa

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Síria

Numa entrevista por escrito à agência espanhola de notícias, a EFE, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado esta semana em Riade o fim de todas as sanções económicas contra a Síria, Al Shaar adverte que esta medida histórica não significa que "automaticamente" começará a entrar capital no país árabe.

 

Pelo contrário, será necessária "preparação" por parte da Síria para lidar com uma série de desafios existentes, entre a "reconstrução da confiança, a garantia de transparência, o combate à corrupção e a criação de um ambiente institucional eficaz".

"O levantamento das sanções não é suficiente sem uma reforma interna", salientou, acrescentando que o governo de transição, que administra o país depois do derrube do regime de Bachar al Assad em dezembro, já tem um "plano integral" para atrair investimento estrangeiro, que inclui atualizar a legislação e simplificar os procedimentos administrativos.

"Estamos a trabalhar para desenvolver cidades e zonas francas industriais, de modo a que se tornem centros de atração de investimento, no âmbito de uma visão baseada em parcerias público-privadas", acrescenta o titular.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Asaad al Shaibani, defendeu hoje, em Bagdade, a necessidade de pôr fim à ingerência externa no seu país e apelou para que se "vire a página" nas relações da Síria com os países da Liga Árabe.

"A Síria continua a pagar o preço da ingerência estrangeira; enfrenta vários desafios encarnados pelos restos do Estado Islâmico que forças externas tentam utilizar como ferramenta de extorsão política e pressão de segurança", afirmou Al Shaibani, citado pela agência Europa Press, durante a sua intervenção perante a Liga Árabe, reunida hoje em Bagdade.

Al Shaibani destacou ainda os "passos sérios que estão a ser dados rumo à recuperação nacional, partindo da premissa de que a Síria é para todos os sírios, sem margem para marginalização ou exclusão".

Sobre o anúncio dos EUA, Al Shaibani destacou que "é o início de um caminho que esperamos seja de genuína cooperação e integração dos esforços árabes para alcançar o desenvolvimento, preservar a segurança nacional árabe e melhorar a estabilidade da nossa região".

Leia Também: Banco Mundial anuncia relançamento da ajuda à Síria

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