Terroristas invadem mina de pedras preciosas em Cabo Delgado

Um grupo de garimpeiros abandonou uma mina de extração de pedras preciosas em Meluco, província moçambicana de Cabo Delgado, face à presença de um grupo de supostos terroristas, disse hoje à Lusa fonte oficial.

Estado Islâmico reivindica 27 ataques que provocaram destruição e 70 mortos em Moçambique

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Lusa
19/06/2025 11:05 ‧ há 6 horas por Lusa

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Moçambique

Segundo a fonte, a presença destes insurgentes na área da mina de Matandane, em Minhanha, a 30 quilómetros da sede de Meluco, aconteceu por volta das 12h00 (11h00 de Lisboa) desta quarta-feira, quando os garimpeiros trabalhavam no local.

 

"Os terroristas invadiram a mina de Matandane e os garimpeiros fugiram", relatou a fonte, a partir de Meluco.

A invasão da mina de Matandane aconteceu um dia após a Força Local retirar os elementos que garantiam a segurança na área.

"Nós tínhamos lá pessoal e retirámos na terça-feira e logo ontem, quarta-feira, eles entraram. Acho que se aperceberam", acrescentou, dando conta que os supostos rebeldes atravessaram o rio Messalo para chegar a mina.

"Os camponeses também fugiram porque passaram por suas machambas [campos agrícolas]", disse ainda.

Não há registo de mortos ou feridos, mas a população abandonou a área, relataram as fontes no terreno.

A designada Força Local é composta, sobretudo, por antigos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que liderou a guerra contra o regime colonial português (1964-1974) e que voluntariamente voltaram a pegar em armas para combater os grupos rebeldes que têm protagonizado ataques na província de Cabo Delgado desde outubro de 2017.

Esta força tem sido um aliado importante nas operações para travar a insurgência armada no norte de Moçambique, com a vantagem de ser integrada por antigos guerrilheiros locais e que conhecem a geografia da região em que o conflito ocorre.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, que chegaram a provocar mais de um milhão de deslocados.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

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