"A situação ali foi estabilizada. Recuperámos Andriivka e avançámos entre 200 e 700 metros em Yunakivka, numa semana", afirmou o general, durante um encontro com meios de comunicação locais, noticia a agência EFE.
Também a plataforma de análise militar DeepState confirmou hoje que a Ucrânia recuperou o controlo de Andriivka.
A Rússia tenta estabelecer uma zona de segurança nas províncias fronteiriças de Sumi e Kharkiv (no leste) para evitar ataques ucranianos contra o outro lado da fronteira, ou seja, as regiões russas de Kursk e Belgorod.
Na região de Kursk, a Ucrânia controla atualmente uma pequena área, cerca de 90 quilómetros quadrados no distrito de Glushkovo, onde as tropas de Kiev enfrentam cerca de 10 mil soldados russos, segundo Oleksandr Syrskyi.
A Ucrânia lançou a ofensiva transfronteiriça em Kursk, fronteiriça com Sumi, em agosto passado, e conquistou inicialmente cerca de 1.300 quilómetros quadrados, mas desde então perdeu a maior parte desse território, devido a uma contraofensiva russa no início deste ano.
A Rússia declarou em abril que havia libertado totalmente a região, mas a Ucrânia sempre negou essa afirmação.
Kiev procurava antecipar-se a uma ofensiva russa em Sumi e forçar Moscovo a redistribuir tropas colocadas em Donetsk.
Na região de Kursk chegaram a combater cerca de 60 mil soldados russos, reforçados com militares norte-coreanos, mas depois de considerar o território sob controlo, Moscovo pretendia deslocá-los para as frentes de Donetsk, Zaporíjia e Kherson.
No entanto, segundo Sirski, foi necessário manter 10 mil militares em Glushkovo.
O general afirmou também que unidades de assalto russas chegaram perto da fronteira administrativa da província de Dnipropetrovsk, mas foram repelidas.
Segundo o DeepState, as forças russas ocuparam aproximadamente 449 quilómetros quadrados de território ucraniano em maio, o número mensal mais alto deste ano.
A guerra na Ucrânia, iniciada pela ofensiva militar russa no território vizinho a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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