"Se nós formos Governo, ou participantes no Governo, devemos ter uma Secretaria de Estado da Cultura Popular [...] e aumentar as verbas para a cultura, sendo que a divisão da verba está quase 70% ou 80% em Lisboa e Porto, o interior quase não tem cultura", disse o presidente do partido em declarações aos jornalistas.
Câmara Pereira demonstrou-se também disponível para integrar qualquer Governo considerando que "o que é preciso é estabilidade", mesmo que esse Governo seja de esquerda.
"Nós damos estabilidade a qualquer Governo que queira dar estabilidade ao país, os portugueses precisam de calma e de se reencontrarem com eles próprios e com a pátria", afirmou.
O presidente dos monárquicos teceu também críticas ao sistema republicano e defendeu que a monarquia oferece maior estabilidade que a República.
"Se tivéssemos uma monarquia em que a sociedade se mantivesse estável, portanto, os governos mudavam, caíam, e a sociedade se mantivesse estável, não havia problema [...] O problema é a República deste, quando ganha um, os outros ficam revoltados, portanto não há um encontro", disse.
Relativamente ao panorama político atual, Gonçalo da Câmara Pereira considera que o CDS "está praticamente extinto" e acrescentou que em coligações os pequenos partidos são "canibalizados".
O secretário-geral do PPM, Paulo Estêvão, alertou para um eventual entendimento entre a AD e a IL, e lembrou que os liberais não aprovaram o orçamento da região autónoma dos Açores em 2024.
"Alerto os portugueses para uma conjuntura muito difícil da Iniciativa Liberal, se o Governo estiver dependente da Iniciativa Liberal, vamos ter aqui uma má experiência, vamos ter aqui, de certeza absoluta, problemas do ponto de vista orçamental", disse.
O Partido Popular Monárquico (PPM) recusou hoje visitar o Museu do Fado, em Lisboa, alegando que a instituição se comportou de "uma forma absolutamente antidemocrática".
"É muito estranho é que a direção não se tenha disponibilizado para nos receber e, em segundo lugar, que as câmaras de televisão também não possam ter entrado e feito a reportagem", disse o secretário-geral do partido, Paulo Estêvão, em declarações aos jornalistas à porta do museu.
Os jornalistas tentaram obter uma reação dos responsáveis do museu, que alegaram indisponibilidade para prestar declarações.
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