PAN pede gestão pública da energia e critica "falhas" do Governo

A porta-voz do PAN defendeu esta terça-feira a gestão pública da energia em Portugal e apontou falhas à comunicação do Governo sobre o apagão que atingiu o país, afirmando que deveria ter falado aos portugueses "mais prontamente".

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Lusa
29/04/2025 13:02 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Apagão

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder do PAN, Inês de Sousa Real, disse que o apagão desta segunda-feira "demonstra que qualquer governação tem de ser uma governação aberta à população e à informação" e que "teria sido fundamental que o Governo, mais prontamente, tivesse dado uma palavra às populações".

 

"Nós sabemos que é fácil criticar num contexto destes, não queremos entrar nessa onda populista de dizermos que tudo falhou, (...) mas há falhas gritantes, basta percebermos que a Assembleia da República ficou às escuras, basta percebermos que o próprio Governo não conseguiu comunicar com todos os partidos com representação parlamentar", disse também a dirigente do PAN.

Para a líder do PAN, este apagão deve ser encarado como "um caso de estudo" no sentido de perceber onde podem ser feitas melhorias no esclarecimento da população, bem como na resposta de instituições públicas.

"Há prioridades, nomeadamente o SNS, os centros de saúde, as farmácias, as escolas. Temos que ter uma rede capaz de assegurar estas mesmas infraestruturas, ao invés de termos, por exemplo, como tivemos (...) universidades que tinham geradores e que não estavam a ser canalizados para a utilização pública em serviços essenciais, mas os órgãos de soberania também não podem falhar", acrescentou.

A líder do PAN criticou ainda a ausência de uma referência à proteção animal na resolução do Conselho de Ministros realizada ontem a propósito desta falha de eletricidade.

Sousa Real, além de apontar críticas à comunicação do executivo, pediu uma maior aposta na garantia de que o país é "autónomo e soberano do ponto de vista energético".

A líder do PAN disse não fazer sentido que a rede elétrica em Portugal esteja "nas mãos de países estrangeiros", não ter uma gestão pública e não haver um investimento "de uma forma mais eficaz de possibilidade de quem produz energia nas suas próprias casas", pedindo uma mudança na lei para que estas pessoas não estejam "dependentes do serviço de redes e da distribuição".

Inês de Sousa Real defendeu também uma maior aposta na Defesa e na segurança nacional, dada a "incerteza daquilo que originou este apagão", bem como uma adaptação das "infraestruturas essenciais para este tipo de resposta".

"Isto não tem acontecido e sucessivos governos têm desinvestido nesta dimensão da adaptação das infraestruturas, mas também da autonomia energética. Uma coisa é certa, um país mais resiliente e um país mais preparado é um país que é autónomo do ponto de vista da produção da energia, e esta tem que ser uma prioridade", disse.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

Leia Também: PCP quer controlo público de setor energético após apagão "inesperado"

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