O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, considerou, esta sexta-feira, que "o maior perigo que os portugueses enfrentam é uma aliança radical entre a AD e a IL", quando confrontado com as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre a solução de governação encontrada em 2015.
"O maior perigo que os portugueses enfrentam é uma aliança radical entre a AD e a IL. Isso sim é um verdadeiro perigo, que vai atacar as pensões, o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS), o nosso estado social. Aí sim está o verdadeiro perigo que temos de evitar, porque é o estado social que está em causa, com uma aliança da AD com a IL", começou por apontar o socialista, numa ação de campanha em Chaves.
Pedro Nuno Santos lançou ainda que um entendimento entre a AD e a IL "representa o pior que nos poderia acontecer", tendo reforçado que "seria um ataque ao estado social, ao sistema de pensões, ao SNS, e isso também está em causa e temos de o travar".
"O PS garante estabilidade. O que sabemos é que alguém com o passado de Luís Montenegro não conseguirá garantir estabilidade no futuro, não é possível. Temos de impedir a AD e a IL tenham qualquer hipótese de governar este país", vincou.
Saliente-se que, esta sexta-feira, Luís Montenegro apelou à mobilização de todos os que querem estabilidade, para que não aconteça como há 10 anos e alguns eleitores "acordem com um Governo diferente daquele que queriam".
"Se ainda não decidiram, pensem qual é o voto que lhes dá estabilidade e o Governo que querem, para não acordarem, como aconteceu há 10 anos, na segunda-feira com um Governo diferente daquele que queriam", disse, referindo-se às eleições de 2015, em que a coligação PSD/CDS venceu, mas foi o PS que governou, com um acordo à Esquerda, na chamada Geringonça.
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