Luís Montenegro falava aos jornalistas após ter sido recebido de forma calorosa na Praia do Furadouro, concelho de Ovar, e depois de ter sido interrogado pelos jornalistas sobre as razões da sua deslocação à zona da Tocha para se encontrar com a sua mulher entre duas ações de campanha da AD.
Questionado se a sua mulher vai rezar a Fátima por uma vitória da AD - coligação PSD/CDS nas eleições do próximo dia 18, o primeiro-ministro respondeu imediatamente que "não".
"Foi dar cumprimento à sua profissão de fé e é uma componente pessoal dela", contrapôs, antes de ser interrogado se esse seu ato não gerará críticas da oposição.
"Era o que faltava, [porque] é uma questão completamente pessoal. É pessoal", frisou o primeiro-ministro.
A seguir, porém, Luís Montenegro foi confrontado com o facto de alguma comunicação social ter sido previamente avisada dessa sua deslocação. O líder social-democrata respondeu: "Não sei se foi avisada ou se não foi, estiveram aqueles que puderam estar - e não é isto que é significativo".
Perante a insistência dos jornalistas se essa sua visita não poderá ser encarada como um aproveitamento político, reagiu: "O que fico admirado é com as vossas perguntas, com franqueza".
Numa ação de campanha em que o deputado social-democrata Salvador Malheiro, ex-presidente da Câmara de Ovar, teve um papel ativo, Luís Montenegro teve sempre ao seu lado o atual autarca do município, Domingos Silva.
Numa tarde de sol, Luís Montenegro cumprimentou ao longo de uma das ruas de acesso à praia várias dezenas de pessoas e ouviu mensagens de apoio. Logo no início da arruada, um cidadão gritou: "Viva os ciganos e viva Montenegro".
Quando chegou à praia do Furadouro, o tema da conversa com o presidente da Câmara de Ovar foi a defesa contra a erosão costeira.
"É uma obra muito importante que está em curso em defesa da nossa costa, numa zona que é particularmente afetada. Nos últimos meses, temos colocado no terreno obras que estavam adiadas há muitos anos na frente da costa de Espinho, de Ovar, até à Figueira da Foz", assinalou o também primeiro-ministro.
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