Mortágua recusa comentar Gouveia e Melo ou reduzir campanha à Spinumviva

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, rejeitou hoje comentar a candidatura presidencial de Gouveia e Melo ou reduzir a campanha para as legislativas ao caso Spinumviva, fazendo um apelo direto ao voto de "quem trabalha".

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Lusa
14/05/2025 18:17 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

Numa iniciativa em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, Mariana Mortágua foi questionada sobre o anúncio da candidatura do ex-chefe da Armada Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República, repetindo várias vezes que só comentaria os problemas do país e as eleições de domingo.

 

"Eu quero falar sobre legislativas, eu quero falar sobre trabalho por turnos, eu quero falar sobre horas extra, eu quero falar sobre o país que tem os mais longos horários de trabalho, com salários mais curtos e os preços das casas mais caros. Porque quando chegar o fim do mês, é disso que as pessoas querem saber, é se o seu salário é suficiente para pagar a conta da luz, a renda, a prestação ao banco", sustentou.

Sobre a notícia do jornal Correio da Manhã (CM) que, na sua edição de hoje, revela que a empresa da família de Luís Montenegro mantém a sede na sua casa em Espinho, no distrito de Aveiro, apesar de este ter dito há quase três meses que iria mudar de local, Mariana Mortágua afirmou que "não há nenhuma novidade".

"A Spinumviva é Luís Montenegro. Não existe Spinumviva além de Luís Montenegro. Era, é e continua a ser. E quem pensa em votar AD, eu penso que se deve lembrar que está a votar num homem que, quando era primeiro-ministro, recebeu avenças de uma empresa na sua esfera pessoal, sabendo que não as podia receber", criticou.

Apesar de entender que Montenegro devia ter dado mais explicações sobre a sua empresa familiar, Mortágua recusou "resumir uma campanha eleitoral ao caso Spinumviva".

A líder bloquista colocou "de um lado" a campanha da direita, da AD, "que se recusa a falar de quem trabalha", está "enredada em casos" e "não responde com transparência pelas responsabilidades que têm na gestão do país e da República", e contrapôs que o BE, por outro lado, é o partido que "insiste em fazer desta campanha a campanha de quem trabalha".

Interrogada sobre a hipótese levantada pelo Livre de apresentar uma comissão parlamentar de inquérito ao caso após as legislativas, a bloquista também não comentou.

Repetindo que o seu foco está nas legislativas de domingo, Mariana Mortágua realçou que a campanha está a entrar na reta final, e quer utilizar os últimos dias para "dizer a todas as pessoas que trabalham, que têm uma vida dura, difícil, que é possível mudar de vida".

"Notem como a direita e o PS, passaram esta campanha inteira e ninguém, não se ouve a direita a falar sobre o trabalho", criticou.

A coordenadora do BE, ladeada pelo fundador bloquista que é cabeça de lista por Aveiro, Luís Fazenda, aproveitou o momento para fazer um apelo direto ao voto das pessoas que "trabalham, têm uma vida dura, trabalham por turnos, fazem horas extraordinárias, lutam para chegar ao fim do mês"

"É a todas elas que eu peço o voto, é a todas elas que eu apelo ao voto no Bloco de Esquerda, porque sabem que cada deputado do Bloco conta para fazer estas leis. Nós defendemo-las, fizemos petições, fomos para a porta das fábricas falar com as pessoas, a pedir e a exigir reforma antecipada para quem trabalha por turnos. É essa lei que vamos levar ao parlamento, e quanto mais deputados do Bloco houver para a defender, mais perto e mais rápido ela chegará", sublinhou.

Ao seu lado, Luís Fazenda, que é cabeça-de-lista no mesmo distrito dos líderes da AD -- coligação PSD/CDS-PP, Luís Montenegro, e do PS, Pedro Nuno Santos, foi questionado sobre o antídoto que o BE pode utilizar contra o "vírus" do voto útil.

"O antídoto é ser muito firme nas propostas que apresentamos", começou por responder, enumerando as bandeiras do partido para defender trabalhadores por turnos, ouvidos hoje por si, pela coordenadora do partido e pelo antigo deputado bloquista Moisés Ferreira, num formato de conversa.

"As pessoas necessitam ser livres para ter saúde, para ter emprego, para viver o seu tempo, para viver o futuro. Esse é o nosso combate, foi sempre o combate do BE, continua a ser o combate do BE", afirmou o fundador.

O BE elegeu pela primeira vez em Aveiro em 2009. A representação manteve-se nas eleições de 2011, 2015 e 2019, e foi perdida em 2022.

[Notícia atualizada às 19h20]

Leia Também: "Quem quer ver a Esquerda reforçada no Parlamento vota Bloco de Esquerda"

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