Montenegro promete a Carneiro "diálogo" mas sem excluir outras forças

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prometeu hoje manter "diálogo franco" e "nunca diminuir" o PS, mas sem excluir o diálogo com outras forças, em resposta a José Luís Carneiro, que lhe perguntou com quem quer dialogar.

Luis Montenegro, Portugal's prime minister, during his inauguration ceremony at Ajuda Palace in Lisbon, Portugal, on Tuesday, April 2, 2024. Montenegro called on opposition lawmakers to be open to discussions with his center-right minority government, whi

© Getty Images

Lusa
17/06/2025 11:41 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Luís Montenegro

Segundo o primeiro-ministro, que falava no debate do Programa do Governo, na Assembleia da República, "não será difícil" continuar a estabelecer convergências com o PS "na política externa, na política europeia" e também "na área da defesa".

 

Antes, numa intervenção em nome do seu partido, José Luís Carneiro, candidato único a secretário-geral do PS, perguntou a Luís Montenegro "com quem quer estabelecer o diálogo".

"Nós faremos diálogo político com todas as forças políticas com representação neste parlamento. Evidentemente que nós não nos esquecemos das responsabilidades históricas, do sentido que em muitas ocasiões o PS teve de convergência connosco em aspetos fundamentais", começou por responder o primeiro-ministro.

Dirigindo-se a José Luís Carneiro, Luís Montenegro prosseguiu: "Senhor deputado, nós não excluímos ninguém e nós sabemos bem quem mostrou já muitas vezes estar à altura dessa responsabilidade. E logo veremos se há novos protagonistas e novas forças a demonstrar também esse sentido. Às vezes temos fundadas dúvidas".

"Portanto, logo veremos quem é que tem esse sentido de responsabilidade. Há uma coisa que pode ter a certeza: nós não vamos nunca diminuir o PS, nós não vamos nunca deixar de fazer um diálogo franco, aberto, leal, verdadeiro, genuíno, autêntico com o PS. Não vamos deixar de o fazer", acrescentou.

O primeiro-ministro e presidente do PSD considerou que José Luís Carneiro demonstra querer manter "esta forma de estar dos dois partidos que até hoje assumiram a liderança dos governos democraticamente escolhidos pelos portugueses em Portugal", o que saudou.

Na sua intervenção, José Luís Carneiro afirmou que o PS não será "o suporte do Governo" no parlamento, mas sim "uma bancada da oposição responsável, firme, construtiva e alternativa", disponível para convergências.

José Luís Carneiro manifestou-se disponível "para o reconhecimento do Estado da Palestina como um Estado soberano", no quadro da União Europeia, e para "o esforço dos 2% do Produto Interno Bruto (PIB)" na defesa que resulte "na constituição de um plano industrial militar".

"Na segurança interna contará connosco, senhor primeiro-ministro, para pôr em prática a estratégia de segurança urbana, para pôr em prática a estratégia de proteção civil preventiva, para cuidar do planeamento civil de emergência, particularmente na proteção das infraestruturas críticas nacionais", referiu o ex-ministro da Administração Interna. 

O candidato a secretário-geral do PS manifestou-se disponível para convergências em matéria de justiça, considerando que é possível "ir bem mais longe do que os lugares comuns que estão no programa do Governo e enfrentar de uma vez por todas os desafios do setor, convocando todas as partes".

"Em relação à reorganização do Estado pode também contar com o PS, para construirmos uma Administração Pública mais motivada, mais mobilizada, para a eficiência da despesa pública, a eficiência do Estado e a garantia de serviços públicos de qualidade em Portugal e nas comunidades portuguesas no estrangeiro", acrescentou.

Neste ponto, desafiou o primeiro-ministro a aprovar "a despartidarização dos lugares de chefia da Administração Pública".

Luís Montenegro congratulou-se pela "disponibilidade de aproximação nas matérias da segurança interna" manifestada por José Luís Carneiro, apesar da "mudança de política face àquilo que vinha do antecedente e que tinha, aliás, também a sua responsabilidade direta". 

"É importante saber que o PS também colaborará na reforma do Estado, na reforma da Justiça, na necessidade que temos de ter um bom sistema de emergência e de proteção das infraestruturas críticas. Nós aproveitaremos essa disponibilidade", declarou o primeiro-ministro.

[Notícia atualizada às 12h26]

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