Situação na ferrovia é "da inteira responsabilidade do Governo"

A CGTP defendeu hoje que o Governo é responsável pela situação que se vive no setor ferroviário, numa altura em que a greve da CP tem motivado reações políticas e apelos do executivo para que seja desconvocada.

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© Miguel Pereira/Global Imagens

Lusa
08/05/2025 18:24 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

CGTP

"O que está em causa é o não cumprimento de um acordo entre a CP e os sindicatos, a que o Governo decidiu não dar andamento, acordo esse que, para além da valorização dos salários, carreiras e profissões, tem como objectivo promover a fixação e o recrutamento de trabalhadores na empresa, garantindo assim o número de trabalhadores adequado ao normal funcionamento do serviço ferroviário, problema estrutural que existe há vários anos e urge resolver", argumenta a GGTP, em comunicado.

 

A circulação de comboios vai sofrer perturbações a partir de hoje e até 14 de maio, devido a greves de trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal, convocadas por vários sindicatos.

As greves não vão ter serviços mínimos, segundo a decisão do Tribunal Arbitral, tal como a greve no 28 de abril que, segundo o sindicato, teve adesão total.

A CGTP reitera que "o conjunto dos sindicatos que subscreveram o pré-aviso de greve, mantiveram-se sempre disponíveis para a resolução do conflito, patamar em que o Governo não se colocou", acrescentando que o facto de estar em gestão não impediu o executivo "de levar a cabo várias inaugurações nem de anunciar vários investimentos".

"Fica claro que o Governo quer usar a situação que ele próprio criou para atacar os direitos dos trabalhadores, nomeadamente o direito à greve", aponta a central sindical, apelando à rápida resolução da situação.

O Governo apelou na terça-feira para que os sindicatos da CP desconvoquem a greve que considera "vazia de objetivos", revelando ter apresentado uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta.

"Houve total boa-fé do Governo, mas, até ao momento, não houve abertura por parte dos sindicatos", lamentou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que falava numa conferência de imprensa, em Lisboa.

Leia Também: CGTP lamenta ataque à segurança social e recusa substituição do sistema

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