"A continuação destes comportamentos ilegais não irá alterar a posição do Irão, que é lógica, legítima e baseada no direito internacional", alegou o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, em comunicado.
A diplomacia iraniana acrescentou que as sanções norte-americanas semearam "profundas dúvidas e desconfianças sobre a seriedade do compromisso dos Estados Unidos com o caminho diplomático".
Na quinta-feira, Donald Trump - que relançou a sua chamada política de "pressão máxima" sobre o Irão, instando-o a negociar enquanto ameaça bombardeá-lo se a diplomacia falhar - prometeu ser intransigente na implementação efetiva das sanções que datam do seu primeiro mandato.
"Todas as compras de petróleo e produtos petroquímicos iranianos devem parar já", insistiu o Presidente norte-americano numa mensagem na rede Truth Social.
"Qualquer país ou pessoa que compre qualquer quantidade de petróleo ou produtos petroquímicos iranianos estará sujeito a sanções indiretas imediatas", ameaçou Trump.
A resposta de Teerão acontece no momento em que os Estados Unidos aguardam por novas negociações sobre o programa nuclear iraniano, apesar do adiamento das reuniões previstas para sábado.
As negociações entre os dois países - inimigos há quatro décadas - visam concluir um novo acordo para impedir o Irão de adquirir armas nucleares --- uma ambição que Teerão sempre negou --- em troca do levantamento das sanções que estão a prejudicar a sua economia.
Washington e Teerão deveriam reunir-se para uma quarta ronda de negociações em Roma no sábado, depois de ambos os lados terem relatado progressos em discussões anteriores.
Na quinta-feira, o Irão confirmou o adiamento das conversações, depois de Omã ter alegado "razões logísticas".
Washington, no entanto, indicou que "espera que novas discussões ocorram num futuro próximo", afirmando que a data e o local das discussões inicialmente planeadas para este fim de semana nunca foram confirmados.
Outras negociações agendadas para hoje entre o Irão, por um lado, e o Reino Unido, a França e a Alemanha, por outro, também não se realizarão, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot.
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