EUA designam dois gangues haitianos como "organizações terroristas"

Os Estados Unidos designaram dois gangues haitianos como "organizações terroristas estrangeiras", num momento em que os grupos criminosos intensificam ainda mais os seus esforços para expandir o controlo territorial no Haiti, adiantou hoje o Governo norte-americano.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
02/05/2025 19:53 ‧ ontem por Lusa

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Estados Unidos

"O Departamento de Estado designou Viv Ansanm (Viver Juntos) e Gran Grif (Grande Garra) como Organizações Terroristas Estrangeiras e Terroristas Globais Especialmente Designados", destacou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em comunicado.

 

"A era de impunidade para aqueles que apoiam a violência no Haiti acabou", acrescentou, citado na nota de imprensa.

O país mais pobre das Caraíbas, o Haiti há muito que sofre com a violência de gangues criminosos, acusados de homicídio, violação, pilhagens e raptos, num contexto de instabilidade política.

Mais de 1.600 pessoas, a maioria das quais membros de gangues, foram mortas no Haiti durante os primeiros três meses de 2025, anunciou a ONU na quarta-feira.

"Os gangues haitianos, particularmente a coligação Viv Ansanm e Gran Grif, são a principal fonte de instabilidade e violência no Haiti", sublinhou Rubio, na sua declaração.

"Representam uma ameaça direta aos interesses de segurança nacional dos EUA na nossa região", acrescentou, sublinhando que "o seu objetivo final é criar um Estado controlado por gangues, onde o tráfico ilícito e outras atividades criminosas tenham rédea solta e aterrorizem os cidadãos haitianos".

Os Estados Unidos já designaram gangues e cartéis no continente americano como organizações terroristas, incluindo o Cartel de Sinaloa do México, o gangue venezuelano "Tren de Aragua" e a MS-13, de origem salvadorenha.

O Haiti é governado por instituições de transição e tem registado um novo aumento da violência desde meados de fevereiro.

Os gangues, que controlam cerca de 85% de Porto Príncipe, segundo a ONU, aumentaram os ataques em várias zonas que antes estavam fora do seu controlo, semeando o terror entre a população.

Isto apesar do envio parcial da Missão de Segurança Multinacional (MMAS) liderada pelo Quénia para ajudar a sobrecarregada polícia haitiana.

A missão autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU inclui agora cerca de mil polícias de seis países, ainda longe dos 2.500 previstos.

Leia Também: JD Vance admite que guerra na Ucrânia "não vai acabar tão cedo"

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