Com 22% dos votos contados, o Partido Trabalhista conquistou até agora 31 assentos, enquanto a coligação conservadora Liberal-Nacional tem 15. A emissora pública australiana já está a apontar o partido de Albanese como o vencedor, segundo a EFE.
Os australianos votaram hoje nas eleições gerais, depois de uma campanha marcada pelo poder de compra, ambiente e as tarifas dos EUA, para escolher entre o primeiro-ministro de centro-esquerda Anthony Albanese e o seu opositor conservador Peter Dutton.
O objetivo do escrutínio é escolher os 150 membros da próxima legislatura da Câmara Baixa e renovar cerca de metade do Senado.
Mais de um terço dos 18,1 milhões de eleitores já votou antecipadamente, segundo as autoridades eleitorais australianas.
Primeiro-ministro desde 2022, Albanese, 62 anos, prometeu desenvolver as energias renováveis, combater a crise da habitação e aumentar o financiamento do sistema de saúde.
"O Santo Graal é ganhar duas eleições seguidas e é esse o nosso objetivo hoje", disse o líder trabalhista, que estava ligeiramente à frente nas sondagens, ao Channel Seven.
Peter Dutton, do Partido Liberal, disse ao Channel Nine que estava a contar com os "australianos silenciosos" para ganhar.
O antigo agente antidroga, de 54 anos, afirma que pretende reduzir a imigração, combater a criminalidade e acabar com a proibição da energia nuclear civil no país.
A campanha eleitoral foi agitada nos primeiros dias pela ofensiva comercial do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: a Austrália, um aliado de longa data dos Estados Unidos, está sujeita a tarifas americanas de 10% sobre uma grande parte dos seus produtos.
Algumas sondagens indicam que o apoio aos conservadores diminuiu em resultado das políticas de Donald Trump, descrito como um "grande pensador" por Dutton no início deste ano.
"Se eu tivesse de lutar contra Donald Trump ou qualquer outro líder para defender os interesses da nossa nação, fá-lo-ia num instante", disse Dutton em abril, refletindo uma mudança de tom.
Anthony Albanese condenou as sobretaxas americanas como um ato de "autodestruição económica" e um "gesto indigno de um (país) amigo".
A economia é uma preocupação para os eleitores, com muitas famílias australianas afetadas pelo aumento do custo dos alimentos (leite, pão, etc.), da eletricidade e dos combustíveis.
Tanto Albanese como Dutton sublinham as suas origens na classe trabalhadora - sem terem conseguido dizer o preço exato de uma dúzia de ovos num debate televisivo.
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