A imprensa israelita noticiou hoje o suicídio de Igor Pivnev, ocorrido na terça-feira, o que foi confirmado por uma fonte policial à agência noticiosa espanhola EFE.
"Era um dos nossos heróis do '07 de outubro'", disse a fonte sobre Pivnev.
Numa entrevista publicada pela polícia israelita após o ataque, o então subinspetor relatou as suas ações nesse dia, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de duas centenas foram feitas reféns pelo grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita.
Igor Pivnev contou que vivia com a mulher e os três filhos em Yated, uma pequena cidade no sul de Israel, a cinco quilómetros da fronteira com Gaza, e que, na manhã de 07 de outubro de 2023, enquanto estava a trabalhar, a mulher lhe telefonou a dizer que tinha ouvido tiros.
No caminho para casa, recordou que encontrou vários milicianos do Hamas, 13 no total, que matou.
"Depois de eliminar os terroristas, recebo outra mensagem da minha mulher a dizer que estava em casa dos vizinhos com as crianças e que estavam todos bem e de saúde", relatou na mesma entrevista.
E acrescentou: "A minha sensação era a de que estava a casar com a minha mulher outra vez e que estava na sala de partos mais três vezes, entusiasmado por ver as minhas filhas virem ao mundo outra vez".
Segundo a imprensa israelita, há três meses, a mulher de Pivnev publicou uma mensagem nas redes sociais intitulada "vítimas silenciosas da tragédia de 07 de outubro", dedicada aos soldados e polícias que ficaram com traumas e passaram a sofrer de problemas de saúde mental.
"Se há pessoas à vossa volta que se estão a afundar desde aquele sábado, deem-lhes apoio para que possam obter a ajuda certa e tratamento profissional. Não tentem salvá-las sozinhos, não conseguem e as coisas só vão piorar. Lutem contra a culpa, a culpa não é vossa", disse na mensagem.
O funeral de Pivnev está marcado para hoje à tarde no cemitério da cidade israelita de Ashkelon.
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