IL acusa Pedro Nuno de ser radical por entender-se com ex-membros das FP-25

O líder da IL acusou hoje o secretário-geral do PS de ser radical e explosivo por admitir acordos com quem propõe "um pacote de nacionalizações" e integrou no passado ex-membros das FP-25 nas suas listas, numa alusão ao BE.

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Lusa
12/05/2025 18:15 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

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Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma fábrica de produção de microalgas e de sal marinho em Olhão, distrito de Faro, Rui Rocha reagiu às declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que considerou hoje que "a AD é uma mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo e do ataque ao Estado social".

 

"Deixem-me dizer a Pedro Nuno Santos: o que é explosivo é Pedro Nuno Santos ter entrado em negociações durante o período da 'geringonça' com o BE e o PCP, nomeadamente no caso do BE, que integrava nessa altura em listas que apresentava a eleições membros das FP-25", acusou Rui Rocha.

Para o líder da IL, "isso é que é explosivo, isso é que é radical".

"Radical é entender-se com partidos que propõem um pacote de nacionalizações, propõem a saída de Portugal da NATO. Isso é que são relações verdadeiramente explosivas", reforçou.

Rui Rocha disse que, se Pedro Nuno Santos "quiser ter uma discussão séria", tem que "fazer uma análise" sobre "como é que foi possível entender-se com um partido como o BE que tinha terroristas condenados e não arrependidos nas suas listas, terroristas das FP-25" -- os ex-membros das FP-25 que foram condenados e presos foram amnistiados em 1996, com exceção dos que praticaram "crimes de sangue".

Questionado se não há nada de radical no projeto da IL, Rui Rocha respondeu que "há crescimento económico, soluções para os portugueses, há desafio, há liderança nas ideias".

"É esse o perigo: é que Pedro Nuno Santos sabe muito bem que, com a IL a comandar as soluções para o país, Pedro Nuno Santos e o PS passarão muitos, muitos anos na oposição. Esse é o perigo que Pedro Nuno Santos e o PS estão a falar", afirmou.

Rui Rocha foi ainda questionado sobre as palavras do ex-ministro do PS Duarte Cordeiro, que desafiou hoje Luís Montenegro a esclarecer até onde é que está disponível para ceder caso faça um eventual acordo com a IL.

Na resposta, o líder da IL considerou que Duarte Cordeiro e os portugueses "devem fazer todas as perguntas e devem ter todos os esclarecimentos relativamente às diferentes matérias", deixando também uma pergunta a Pedro Nuno Santos.

"Seria bom que viesse dizer se está disponível para ceder a um conjunto de medidas que vão atrasar ainda mais Portugal e que estes partidos radicais, ultrapassados, com soluções que nunca funcionaram em lado nenhum, o que é que ele está disponível para ceder na hipótese - longínqua, como sabemos, e bastante improvável -- de Pedro Nuno Santos ter de se entender com eles para alguma coisa", desafiou.

Criadas em abril de 1980, as Forças Populares 25 de Abril (FP-25), organização armada de extrema-esquerda, operaram entre 1980 e 1987 e foram responsáveis por 13 mortes e dezenas de atentados.

Em 01 de março de 1996, nove anos após a extinção da organização, a Assembleia da República aprovou uma amnistia para os elementos presos das FP-25, tendo ficado de fora os condenados pelos chamados crimes de sangue.

[Notícia atualizada às 18h43]

Leia Também: Coligação pré-eleitoral? Rui Rocha recusa ter entrado em "mexericos"

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