Campanhas cruzadas em Espinho com relação AD/IL em foco

As caravanas do PS e da AD cruzaram-se hoje em Espinho, onde o atual primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, recusou confirmar conversas com a IL para uma eventual aliança pré-eleitoral nestas legislativas.

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© Reprodução Facebook/AD - Coligação psd/cds

Lusa
12/05/2025 18:20 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

Na sua terra natal, Luís Montenegro criticou a comunicação social ao ser questionado sobre a Spinumviva, empresa familiar entretanto passada aos seus filhos, na origem da crise política que levou a eleições.

 

Também estiveram hoje em campanha na feira de Espinho, no distrito de Aveiro, as lideranças do PAN e do PPM -- partido que desta vez ficou de fora da coligação PSD/CDS-PP, com quem só concorre nos Açores.

Com a comitiva da AD a pouca distância, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, alegou que há desentendimento entre PSD e CDS-PP quanto à IL: "Eles estão de cabeça perdida, eles dizem coisas diferentes na coligação".

Pedro Nuno Santos considerou que "a AD com a IL é uma mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo e do ataque ao Estado Social" e declarou ter sentido em Espinho a "revolta de muita gente" e vontade de mudança.

A relação entre AD e IL foi tema nos últimos dias. O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, tem repetido que a coligação é apenas "entre dois partidos". No domingo, o presidente da IL, Rui Rocha, revelou que foi desafiado pela "direção e lideranças" do PSD para uma coligação pré-eleitoral, mas não quis ser um "partido apêndice".

Hoje, questionado pelos jornalistas, o presidente do PSD recusou confirmar ou comentar as palavras de Rui Rocha e qualificou o assunto como "mexericos políticos", negando que haja problemas entre PSD e CDS-PP: "Nada disso".

No fim da arruada da AD em Espinho, questionado se "valeu a pena insistir na teimosia de manter a empresa familiar e levar o país para eleições", Luís Montenegro retorquiu: "O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP está empenhadíssima".

Informado de que tinha sido a SIC a fazer a pergunta, prosseguiu: "Então é a SIC, pronto, mas eu vi aqui o microfone da RTP, que tem sido mais insistente. Mas querem voltar a fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses e há três meses? Sinceramente, eu estou muito tranquilo com isso, ainda ontem estive na SIC até a responder questões à volta disso".

De tarde, em Olhão, no distrito de Faro, Rui Rocha assinalou que Montenegro não desmentiu conversas do PSD com a IL e reiterou que "essa insistência aconteceu" e "não se trata de mexericos", admitindo que o assunto "provavelmente gera algum desconforto". Quanto a quem o contactou, respondeu que foram "as lideranças do PSD".

Rui Rocha descreveu a IL como "a luz que lidera esta campanha", atacada "de todo o lado", incluindo pela AD, e devolveu a Pedro Nuno Santos o adjetivo "explosivo", recordando a governação do PS com apoio de PCP e BE: "Isso é que é explosivo, isso é que é radical, entender-se com partidos que propõem um pacote de nacionalizações, propõem a saída de Portugal da NATO".

Ao nono dia de campanha oficial para as legislativas antecipadas, o presidente do Chega negou uma vez mais esclarecer o que fará em diferentes cenários eleitorais.

Numa ação de rua em Évora, André Ventura acusou o PSD de ter governado "com instabilidade" e "falta de transparência" e sustentou que "um Governo estável só pode acontecer com uma vitória do Chega à direita".

À esquerda, a coordenadora do BE teve ao seu lado a sua antecessora, Catarina Martins, em Loulé, no Algarve, com uma mensagem de confiança de que "não há nenhum impossível antes dos votos contados" e de que os bloquistas são "a força que vira o jogo".

No círculo onde o Chega venceu em 2024, Mariana Mortágua, associou o partido de Ventura à especulação imobiliária e apontou o BE como o único partido "que dá a cara para proteger o direito à habitação".

Rui Tavares, porta-voz do Livre, defendeu a expansão dos corredores 'bus' numa viagem de autocarro entre Odivelas e Lisboa e insistiu que o seu partido será "determinante" para uma solução governativa à esquerda e para isso quer superar a IL.

Na Escola António Arroio, em Lisboa, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, traçou como objetivo mínimo da CDU para as legislativas de domingo voltar ao resultado de 2022, com seis deputados, mais dois do que os quatro eleitos no ano passado, estimando que isso implica "sensivelmente mais 100 mil votos".

Em Espinho, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, apelou ao voto "com o coração" para que o seu partido volte a ter um grupo parlamentar, pelos animais, pela ação climática e pelo combate à violência doméstica, matérias em que acusou o Governo PSD/CDS-PP de falhar, assim como na saúde.

Leia Também: AO MINUTO: Pensões? "Agenda escondida"; "Nunca os vi distanciarem-se"

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