A ordem para mobilizar os militares foi dada hoje pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz, tendo em conta que os incêndios estão a propagar-se rapidamente a oeste de Jerusalém.
"Estamos numa emergência nacional e todas as forças disponíveis devem ser mobilizadas para salvar vidas e controlar os incêndios", disse o ministro, citado num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Embora sejam comuns incêndios em Israel durante a primavera e o verão, devido às altas temperaturas, os serviços de emergência israelitas estão em alerta máximo, já que estes fogos estão a ser considerados os maiores dos últimos anos, causando vários feridos ligeiros e levando à evacuação de várias localidades.
A polícia israelita fechou, hoje de manhã, a autoestrada entre Jerusalém e Telavive e retirou centenas de pessoas de localidades ao longo do percurso, numa zona já devastada pelo fogo há uma semana.
Pelo menos cinco cidades foram evacuadas, adiantou a polícia, especificando que são localidades situadas a aproximadamente 30 quilómetros a oeste de Jerusalém.
As chamas estão a consumir áreas arborizadas perto da estrada entre Latrun e Bet Shemesh, e vários helicópteros estão mobilizados para combater os fogos, segundo relatou um jornalista da agência noticiosa francesa AFP destacado no local.
Muitos condutores abandonaram os seus veículos no meio da estrada e fugiram por entre enormes nuvens de fumo.
A situação levou a ministra das Cerimónias Nacionais, Miri Regev, a cancelar o principal evento do Dia da Independência, agendado para hoje à noite em Jerusalém.
Na semana passada, quando incêndios na mesma zona se aproximavam de Jerusalém, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu estar a considerar solicitar reforços internacionais para ajudar a controlar as chamas.
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