Luís Montenegro falava aos jornalistas no final de uma ação de campanha na Feira de Espinho, que demorou cerca de 40 minutos e em que esteve acompanhado pelo presidente do CDS, Nuno Melo, e pelo cabeça de lista da AD no círculo do Porto, Paulo Rangel.
O líder da AD - coligação PSD/CDS começou por procurar realçar que foi recebido com entusiasmo na sua cidade natal, mas foi mais longe nesta sua apreciação dizendo que isso "tem sido uma pedra dominante em todos os cantos do país".
"Há cada vez mais razões para estarmos confiantes, tranquilos, empenhados, mas para também ter a humildade democrática de esperar o veredicto soberano do povo no próximo domingo", disse, antes de se referir em particular aos eleitores pensionistas e reformados.
"Demos muita segurança e confiança aos nossos pensionistas e reformados, como aliás foi possível comprovar com as mensagens de incentivo e apoio que recebi de pessoas que não estão propriamente a olhar agora para estes piropos de campanha eleitoral. Como se comprovou aqui [Feira de Espinho] mais uma vez, os pensionistas e reformados portugueses confiam na palavra deste Governo, deste primeiro-ministro, porque sabem que já não é apenas um piropo de campanha eleitoral", sustentou.
Sem se referir diretamente à esquerda política, em especial ao PS, o primeiro-ministro criticou aqueles que usam a estratégia de "atirar medo" junto do eleitores mais idosos.
"Em 11 meses de trabalho intenso no Governo aumentámos os rendimentos das pessoas, demos esperança aos jovens, demos a todos aqueles que estão na vida ativa uma orientação de que vale a pena produzir e vale a pena ir mais longe", completou.
A seguir, no entanto, o presidente do PSD advertiu para os riscos da situação internacional, num momento em que o país que "está a crescer do ponto de vista económico, que tem tranquilidade financeira e que não está sujeito atualmente a nenhuma pressão por parte dos mercados financeiros".
"Mas não estamos imunes ao que se passa fora do país e não estamos aqui para nos lamentarmos da situação. Estamos aqui para superar os obstáculos que temos pela frente - e é isso que o povo português reconhecidamente nos vai transmitindo. E estou convencido que se vai materializar no resultado", acrescentou.
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