Luís Montenegro falava aos apoiantes no final de uma ação de rua em Arcos de Valdevez, considerado um "bastião laranja" no Alto Minho, em que teve ao seu lado o cabeça de lista da AD -- coligação PSD/CDS por Viana do Castelo, José Pedro Aguiar-Branco.
Nas breves palavras que dirigiu, o primeiro-ministro voltou a procurar dramatizar o cenário eleitoral de domingo, colocando de um lado a AD e do outro lado todas as forças da oposição e dirigindo-se especialmente aos eleitores que estão cansados de eleições.
"Sabemos que estão cansados de eleições e preocupados com a estabilidade política, que tem de poder juntar-se à estabilidade social, económica e financeira do país. Se estão preocupados com a estabilidade política, temos de ser capazes de mostrar às pessoas que o único voto útil para a estabilidade é o voto na AD", sustentou.
A seguir, traçou um dualismo sobre o atual quadro político nacional.
"Quanto mais votos a AD tiver, maior estabilidade há em Portugal. Quanto mais votos forem dispersos pelos partidos de oposição, maior instabilidade haverá em Portugal. A estabilidade é a nossa forma de estar e a instabilidade é o modo de vida das oposições", defendeu.
Tendo perto de si o presidente do CDS, Nuno Melo, e o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, Luís Montenegro referiu-se pela segunda vez aos dados da OCDE de terça-feira, segundo os quais foi Portugal o país em que os salários mais cresceram em 2024. Um ponto que o levou a reafirmar a sua promessa de que irá continuar a aumentar o salário mínimo, os salários médios e todas as pensões.
"Este resultado referente ao aumento dos rendimentos dos portugueses só foi possível por duas razões: Subiram os salários e as pensões; e desceram os impostos. E vamos continuar a fazer essas duas coisas" completou.
Neste contexto, pediu aos eleitores para que, antes de votarem, "apreciem os programas, os líderes, os créditos que cada um apresenta nestas eleições".
"O nosso modelo de sociedade é o modelo em que vale a pena trabalhar, em que vale a pena produzir. Estamos numa terra de trabalho que sabe muito bem o que isso é", advogou, recebendo palmas dos apoiantes.
Em Arcos de Valdevez, Montenegro foi recebido com entusiasmo e várias quadras com mensagem política, ao som do vira minhoto:: "Vamos votar no AD, é o voto mais seguro, Montenegro e a sua equipa tem presente e tem futuro".
E outra que, embora sem acertar no cargo do líder da AD, se dirigiu à mensagem principal de reforço da votação que este tem procurado passar: "Parabéns, Sr. Presidente, pelo talento e simpatia, por esta malta do Minho vai ganhar por maioria", cantou o Loureiro de Barcelos.
"Dá-lhe um abraço forte porque a música popular é o nosso passaporte e sempre pode contar com esta malta do norte", assegurou ainda.
Já depois de o presidente do PSD ter feito uma breve intervenção no largo ao pé da igreja, ainda ouviu mais umas rimas, também dirigidas ao seu principal adversário político, o secretário-geral do PS.
"Se passasse agora aqui o Nuno Santos, fugia que nem olhava para trás. Ó povo que me ouvis, pedia no próximo domingo que Montenegro seja o maior, no meio desta multidão eu sinto-me tão feliz, não posso ir embora sem dar um abraço ao Luís", pediu.
E não foi, porque logo em seguida recebeu um abraço do primeiro-ministro, que hoje fez estes contactos com a população de Arcos de Valdevez acompanhado pela mulher, Carla Montenegro.
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