Wall Street fecha em alta satisfeita com entendimentos entre EUA e Reino Unido

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores satisfeitos com um anúncio de acordo comercial entre EUA e Reino Unido, que os faz esperar um alívio na guerra comercial lançada por Donald Trump.

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Lusa
08/05/2025 23:35 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados de sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,62%, o tecnológico Nasdaq subiu 1,07% e o alargado S&P500 valorizou 0,58%.

 

"Um acordo comercial - mesmo que se trata de uma declaração de intenções - é o que os investidores esperavam", comentou, em nota analítica, Chris Zaccarelli, da Northlight Asset Management.

Trump anunciou uma primeira trégua na sua guerra comercial mundial, sob a forma de um compromisso "histórico" com o governo britânico, apesar de os detalhes do texto indicarem uma dimensão limitada.

O compromisso, negociado desde há semanas, vai aumentar as importações britânicas oriundas dos EUA, em "vários milhares de milhões de dólares", relativas "em particular a carne bovina, ao etanol e a quase todos os produtos que produzem os nossos caros agricultores", disse Trump.

Do lado britânico, o primeiro-ministro, Keir Starmer, falou de um acordo "extremamente importante" para a indústria automóvel e siderúrgica britânicas. Em particular, a taxa de 25% imposta pelos EUA sobre as viaturas importadas vai ser reduzida para 10%, no caso dos veículos britânicos, segundo Downing Street.

Uma fonte do governo britânico especificou à AFP que não se trata de um acordo de comércio livre entre os dois aliados históricos, mas antes de um "documento de condições gerais" conducentes a um compromisso, bem como de um quadro para discussões aprofundadas em momento posterior.

"O Reino Unido pode ser a primeira pedra do dominó a cair, o primeiro dos numerosos acordos comerciais a ser concluído", admitiu Sam Stovall, da CFRA, em declarações à AFP.

"Se o governo (dos EUA) concluir outros acordos, vai contribuir para a cicatrização de um mercado bolsista maltratado este ano", acrescentou Chris Zaccarelli.

Trump já disse que tanto a China como a União Europeia querem chegar a acordo com ele.

"Os operadores do mercado focam-se agora em particular em Genebra, onde os eUA e a China vão discutir as suas divergências este fim de semana", na ótica de José Torres, da Interactive Brokers, segundo um texto analítico.

Trump previu que as negociações com Pequim vão ser "consideráveis", exigindo que o mercado chinês "se abra" às empresas norte-americanas.

Por outro lado, os investidores permanecem otimistas depois da decisão de a Reserva Federal (Fed) de manter a sua taxa de juro de referência.

Durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião onde isto foi decidido, o presidente do banco central, Jerome Powell, "lembrou simplesmente que a Fed continua dependente das estatísticas económicas, que continuam boas", o que tranquilizou os investidores, segundo Sam Stovall.

Nos indicadores, as inscrições semanais para o subsídio de desemprego foram inferiores às da semana anterior e ficaram mesmo abaixo das previsões dos economistas.

Entre as cotadas, e no dia em que foi conhecido o entendimento comercial anglo-norte-americano, a Boeing fechou com uma valorização de 3,4%, depois de o secretário do Comércio ter afirmado que uma transportadora aérea britânica ia anunciar uma encomenda de 10 mil milhões de dólares à construtora aeronáutica.

Leia Também: Wall Street em alta após anúncio de acordo comercial com Reino Unido

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