Questionado sobre o que fará num cenário em que o PS seja o partido mais votado, mas a direita tenha maioria, o líder do Chega considerou que "o e esclarecimento é evidente".
"É o Chegue a vencer, a liderança do PSD vai mudar e nós vamos dar uma maioria à direita", afirmou, recusando responder a mais perguntas.
Mais à frente na arruada, os jornalistas insistiram na questão do que fará caso esse cenário de vitória não se concretize e o Chega fique atrás do PSD, mas André Ventura insistiu, apesar de nenhuma sondagem apontar para uma possível vitória do Chega nas legislativas.
"O Chega não vai ficar atrás, o Chega vai vencer as eleições. Ouçam, o Chega vai vencer as eleições deste ano", voltou a defender.
O presidente do Chega considerou que "os eleitores têm de escolher se querem o mesmo cenário que houve até agora, com o PSD em governo minoritário, com instabilidade, com falta de transparência, com a queda do governo ao fim de um tempo, como aconteceu, ou se querem um governo estável".
"Por isso é que eu insisto que o governo estável só pode acontecer com uma vitória do Chega à direita", defendeu, assinalando que o partido poderá ser o partido mais votado em "vários distritos".
Depois de na última campanha para as legislativas, ter dito que "forças vivas" do PSD que lhe deram a garantia de que haveria um acordo de Governo, com ou sem Luís Montenegro, o que não se concretizou, hoje Ventura considerou também que, "infelizmente agora o PSD não tem muitas forças vivas, só tem forças mortas".
O presidente do Chega deixou críticas ao ainda primeiro-ministro, afirmando que "não há um pensionista que se aproxime de Luís Montenegro para dizer que está contente com ele" e considerou que "não pode dizer que os pensionistas confiam nele, porque não confiam".
Na saúde, André Ventura responsabilizou o Governo pelo aumento da mortalidade infantil registado no ano passado, dizendo que foi "por responsabilidade de Luís Montenegro que estiveram urgências de obstetrícia, de ginecologia, fechadas".
"Eu aconselhava ao primeiro-ministro menos voleibol, menos mergulhos na praia e mais idas aos hospitais e centros de saúde para ver a realidade que efetivamente se passa no país", afirmou.
André Ventura disse que quer acabar com as chamadas para a linha SNS 24 antes de um doentes de deslocar a uma urgência e promover "uma fixação de médicos e enfermeiros no SNS" e propôs que as horas extra de trabalho não sejam tributadas.
Nesta arruada, o presidente do Chega voltou também a ser questionado se teme que um aumento da abstenção seja prejudicial para o partido.
"O que eu sinto e o que eu vejo é que as pessoas estão muito mobilizadas para esta eleição. A indicação do voto antecipado é uma indicação de como as pessoas estão mobilizadas para este ato eleitoral, e eu acho que o Chega vai ser o principal representante dessa abstenção que vai votar novamente", respondeu.
"Estou convencido que há tal abstenção que foi votar em 2024, irá novamente votar em 2025, porque estão fartos e viram novamente o Governo cair por falta de transparência, como tinha acontecido um ano antes, por questões de corrupção, por questões de coisas mal explicadas, as pessoas estão fartas e, portanto, eu acho que se vão mobilizar", acrescentou.
Esta curta arruada ao final da manhã pelo centro de Évora contou com a presença de algumas dezenas de apoiantes, o cabeça de lista, Jorge Galveias, e o deputado eleito pelo círculo, mas que agora concorre por Beja, Rui Cristina.
Sobre a mudança dos três cabeças de lista no Alentejo, o presidente do chega argumentou que um partido que quer mudar Portugal precisa "fazer mudança também interna", e defendeu que "a mudança não faz mal, a mudança é boa, é dinâmica".
[Notícia atualizada às 15h31]
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